bad review

Wednesday, December 13, 2006

Casino Royale - em vez do cafézinho com leeiiite, temos o vodka martini!

Muito se escreveu sobre a escolha do novo Bond. Os fãs da saga chegaram ao cúmulo de criar um blog a dizer mal de Daniel Craig, revoltados com a nova escolha - falaram por ser louro, porque tinha orelhas salientes, porque era baixo (1,80m, quem escreveu devia ter 2m pelo menos, não?), que não tinha o carisma de Pierce Brosnan, etc. É verdade que Daniel Craig não tem o ar elegante de Pierce Brosnan, mas também a ideia era cortar com o passado e apresentar um Bond mais atlético e mais rude, mais ao jeito do de Sean Connery.
Sinceramente apesar de não delirar com o Daniel, tenho de admitir que me convenceu como James Bond e pelo menos elevou um pouco a fasquia de uns filmes que ultimamente se tornaram completamente irrelevantes no actual panorama cinematográfico. Confesso que acho alguma piada a alguns Bond de Sean Connery, mas depois os actores que se seguiram não tinham grande carisma e o argumento era mais do mesmo, sem nada de novo a transmitir.
O uso abusivo de mais e melhores efeitos especiais (o carro invisível do anterior Bond é um exemplo), foi relegando o argumento para um plano secundário, ficando imerso em "fogo de artifício" que enchia o olho, mas que não convencia. O uso recorrente de vilões megalómanos, que queriam destruir o mundo (nos filmes parecia sempre uma coisa muito fácil), também não ajudou ao conjunto, porque à medida que os filmes iam estreando, já sabiamos o que iamos ver e não se tornava uma coisa aliciante.
Curiosamente, "Casino Royale" foi o primeiro livro escrito por Ian Fleming sobre o mais famoso agente secreto ao serviço de Sua Majestade, mas as dificuldades em obter os direitos de autor do livro, atrasaram a sua adaptação ao cinema. Reza a lenda que escreveu parte do livro, confortavelmente instalado no Hotel que se encontra perto do Casino Estoril e que vem daí o facto da maior parte da acção se situar numa mesa de poker, no Casino Royale em Montenegro.
Desta vez James Bond, após ter adquirido o estatuto de 007, tem que lidar com o cepticismo de M em relação à sua postura como agente secreto e a sua primeira missão leva-o até Le Chiffre, um poderoso banqueiro que lida com terroristas, disponibilizando-lhes acesso às suas contas em qualquer parte do mundo. Para o derrotar, terá que o bater num jogo de poker em que cada jogador terá que efectuar um depósito milionário para garantir a sua participação. Esse fundo é providenciado pela enigmática Vesper Lynn, a 1ª Bond girl de sempre, personagem essa que reserva algumas surpresas e que é responsável pela falta de envolvimento emotivo por parte de Bond em relação às mulheres.

De resto, mais uma vez tira partido de belas paisagens, mulheres bonitas e muita acção.
Realço a perseguição inicial do filme, sendo bastante empolgante, bem como alguns diálogos entre Bond e Vesper Lynn, cheios de sarcasmo e 2ª intenções.
E como tudo o que vende tem seguimento, lá virá o Bond 22 em 2008. Daniel, por mim estás aprovado!

1 Comments:

  • ainda n vi, mas acho q esta espera terminará em breve ;p

    By Anonymous Anonymous, At 6:08 am  

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