"A Senhora da Água" ou "Ó mãe está uma narfa a nadar na piscina do condomínio"Quando criei este blog, uma das primeiras coisas que pensei foi: tenho de escrever sobre o "Lady in the Water", não porque tenha gostado do filme, mas sim porque faz parte de um dos meus ódios de estimação. Vi este filme em antestreia, o que podem pensar: "viu à borla não tem muito que se queixar", mas mesmo assim, não gosto de perder o meu tempo com filmes desinteressantes e desconexos.
A permissa deste filme, supostamente um "conto de embalar" criado pelo senhor Shymalan para as suas filhas, provavelmente resultou no corte de relação das filhas com o seu progenitor. Isto porque já não me lembrava de ver tal "lixo cinematográfico" e ainda para mais envolvido em embalagem de realizador sobre-valorizado pela crítica e público.
As histórias contadas por Shyamalan têm sempre um pouco de fantástico, normalmente revelado na 2ª parte do filme, como aconteceu no "Sexto Sentido", "Unbreakable", "Signs" e "The Village". No caso deste "Lady in the Water", Shyamalan decidiu optar por uma história contada em tom de fábula, introduzindo o elemento fantástico desde o início . Claro que é fantástico, aparece uma ninfa numa piscina (coisa normal hoje em dia) e ainda para mais diz que vem do Mundo Azul (ou seja da piscina do condomínio) e que procura o convívio dos humanos para ser libertada e devolvida ao seu Mundo. Rapidamente todos os personagens sentem necessidade de proteger tal criatura, tropeçando em incongruências de argumento escondidas sob a permissa do: "é uma fábula, não podes esperar grande realismo". Meus amigos vamos lá ver uma coisa, não tenho nada contra fábulas, desde que sejam bem contadas...
Agora percebo porque a Disney recusou fazer este filme e Shyamalan teve que rumar à Warner Bros, onde encontrou liberdade criativa total para este projecto. Como resultado temos um Shyamalan com um papel de destaque no filme, personagem esse que vai despoletar acontecimentos futuros através de um livro que está a escrever. Quando o ego de um realizador se sobrepõe a um filme, acho que está o "caldo entornado". O filme é um desfile de incongruências, personagens que não despertam o minímo interesse e simpatia, chegando mesmo a ser irritantes. E o que é aquilo do menino a ler a mensagem escondida na caixa dos cereais? "Toni, toma lá o Chocapic e cala-te!
E o que mais me irrita é considerarem o homem um génio, não tendo oferecido nada aos espectadores que indique tal estatuto. Tudo bem, admito que o "Sexto Sentido" foi um filme surpreendente e que marcou pontos no ano de estreia, mas isso não faz um grande realizador. O senhor vai ter que estar mais atento às caixas de cereais para obter inspiração para projectos futuros, senão temo que o futuro dele seja negro....


1 Comments:
Má altura para dizer que gostei do "Unbreakable"?:)
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Margarida, At
2:00 am
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