
Paris Je T'Aime: Percorrer Paris em 18 Curtas-Metragens
20 realizadores de renome usaram como ponto de partida a cidade de Paris para nos apresentarem um conjunto de 18 curtas-metragens que nos levam a percorrer algumas ruas e locais da cidade luz. Cada curta tem duração de 5 minutos, o que torna as coisas mais complicadas para contar uma história, principalmente quando se aposta num registo mais dramático, em que o final fica em aberto. Neste caso ficamos "desconsolados" e perguntamos : era só isto?
As curtas mais interessantes são as que apostam num registo mais cómico, tal como a dos irmãos Coen, onde a situação vivida por Steve Buscemi numa estação de metro se tornou das mais bem conseguidas, tal como a de Alexander Payne, onde uma senhora de meia-idade americana vagueia pela cidade, falando num francês com sotaque americano, proporcionado-nos bons momentos de humor. Gerard Depardieu estreia-se como co-realizador numa curta com um elenco de luxo: Ben Gazzara e Geena Rowlands, proporcionando-nos uns diálogos deliciosos "regados" com um bom vinho francês num típico restaurante parisiense.
O filme mais tipicamente francês é o de Sylvain Chomet, onde o personagem principal é um simpático mimo. Realizador de cinema de animação, ("Les Triplettes de Belleville" e "La Vieille Dame et les Pigeons") proporciona-nos 5 minutos de boa disposição onde se nota o toque da animação na deslocação do mimo pelas ruas da cidade.
O filme de Tom Tykwer, com a sempre bela Natalie Portman também é uma curta interessante, onde uma jovem pretendente a actriz se apaixona por um cego, onde o uso de uma montagem vertiginosa e uma boa banda sonora nos prendem ao ecrã.
De todos os filmes houve 3 que me despertaram uma pequena repulsa: o de Gus Van Sant, onde mais uma vez reafirmou a minha ideia de um realizador pedante e sem ideias interessantes para contar. Foi o único realizador a usar a temática gay, ao contrário de todos os outros realizadores franceses, que facilmente podiam ter caido nesse tema tão recorrente na sua filmografia e o pior de tudo é que o personagem refere que gosta muito de Kurt Cobain, uma óbvia referência a Last Days. Por favor senhor Van Sant poupe-nos!
O 2º filme foi o de Christopher Doyle, director de fotografia de 2046 de Wong Kar Wai, que fez uma curta completamente desconexa e estúpida. Mais vale continuar a dedicar-se à direcção de fotografia...
E finalmente, o filme com a sempre chorosa Juliette Binoche, que mais uma vez ou está com a lágrima ao canto do olho ou está a largar "baba e ranho", depois de ter perdido o seu filho e deparando-se com um Willem Dafoe, qual cowboy montado num cavalo,a representar Deus, mas o que é isto?
Basicamente são estes filmes que mais se destacam, quer pela positiva quer pela negativa, por isso se ficaram com água na boca depois de ler o que escrevi, por favor dirijam-se a uma sala de cinema próxima....


1 Comments:
Estou a ver q é desta q me arrastam p uma sala de cinema ;p
:*
By
Anonymous, At
12:57 am
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